Lixo - Desinformação


Na grande maioria dos municípios o tratamento que se da ao lixo é simplesmente coletá-lo sem critérios de aproveitamento e de enterrá-lo. Tentando justificar esse procedimento absurdo, o município lidera uma postura de transferência de responsabilidade à população, o que é reforçado pelo interesse privado na coleta irracional, que mantem essa aberração, e assim nos submete a um processo de informação contrária a verdade. É a desinformação.

A desinformação sobre o lixo esta centrada em demonstrar que o problema central é o descarte do resíduo não degradável, onde o plástico é o vilão principal, isto porque sendo pouco degradável o método de fazer desaparece-lo escondendo-o em buracos não funciona. Ao mesmo tempo se valoriza o material degradável, e, pior, se faz esforços para que se degrade o plastico ao invés de se fazer esforços para reaproveitá-lo.

É verdade que o plastico suja o mundo e pode ser encontrado em estômagos de alguns bichos, mas não se compara aos efeitos contra a vida da concentração de produtos orgânicos se degradando na natureza sem controle seja na terra, no ar, na agua de rios e na agua do mar, ou da queima de produtos orgânicos, o principal o petróleo e seu derivados, inclusive o plastico, mas que pode ser da queima de florestas, queimadas agrícolas, etc.

A quantidade de material orgânico concentrado solto na natureza, ou seja , fora dos ciclos de vida, em degradação ou não, consegue alterar as condições ambientais derivado de alterações na terra, no ar e na agua. Se conhece o efeito estufa causado pelo excesso de Co2 e o aumento de temperatura da agua do mar, ainda que tenha, com certeza, um grau de especulação porque os modelos ambientais ainda são incertos.

Fora as questões macros globais, a presença do produto orgânico em grande quantidade e concentrada, em degradação ou não, envenena a agua dos rios e do mar, o ar e a terra.

No ar o CO2 somado a outros produtos sufoca e envenena o ar pela poluição provocando doenças respiratórias. Na terra a matéria orgânica produz chorume, mal cheiro, bichos e doenças nos lixões. Nos rios torna a agua impropria para consumo e mata peixes por asfixia pelo desenvolvimento de algas que consomem oxigênio. O mesmo acontece no mar, que ainda se torna improprio para um simples banho, contaminado por coliformes fecais que vem dos esgotos das cidades.

Já, o plastico suja e é muito feio vê-lo boiando nos rios e mares, entupindo vias e bueiros e diminuindo a vazão de agua nos rios, mas dura 400 anos para degradar, tempo que nossos descendentes terão para recuperar a matéria prima. Se degradássemos todo o plastico rapidamente envenenaríamos ainda mais o ambiente. O verdadeiro perigo do plastico é sua baixa degradação ocorrer nos alimentos pois é usado de forma intensiva como embalagens.

É preciso ainda atentar que exigir degradação dos produtos que são atirados em rios e mares pode causar outras consequências. Levanto a questão do sabão em po ou liquido. A legislação passou a exigir que o sabão fosse degradável, desconfio justamente por não haver tratamento de esgoto adequado nos municípios. Acontece que o sabão em presença de agua não degrada só nos rios e no mar mas também em nossas camisas quando suamos, provocando aquele cheiro de podridão, ou em nossas toalhas que alem de fedidas ficam emboloradas. Bolor pode provocar doença de pele ou talvez outras, não sei exatamente. Vale a pena pensar no assunto.

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